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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Afetividade Decidida.

Como jovens que somos, sabemos das inúmeras dificuldades que enfrentamos, entre elas a vivência de uma afetividade sadia, com relacionamentos coesos e duradouros, principalmente quando queremos vivê-la de uma forma cristã. Por carência de uma formação adequada, aprendemos desde infância a cultura do descartável e os falsos conceitos de masculinidade e feminilidade.

O que seriam estas? A cultura do descartável é aquela em que exploramos ao máximo aquilo que o outro tem de melhor, ou aquilo que nos interessa no instante, em uma eterna busca de prazer momentâneo e quando não nos serve descartamos de nossas vidas, quantas vezes agimos de tal forma, trocamos de esposas(os), namoradas(os) e amigas(os) como trocamos de roupa, temos que dar o merecido valor e respeito aos nossos próximos; já os falsos conceitos de masculinidade e feminilidade é pensar que nós homens temos que ser os mais fortes, superiores, sem fraquezas, que precisamos ter o coração duro e ser movidos sempre pela razão em desequilíbrio com a emoção e as mulheres devam ser totalmente passivas, solicitas e submissas, não possam exprimir suas opiniões, que devem acatar tudo o que lhes é ordenado não possuindo papel de destaque, voz ou vez e assim vivemos uma sociedade ferida por rusgas e mágoas de ambos os lados, expresso por uma procura insaciável por uma beleza/juventude eterna, machismo e feminismo extremo, caminhando para uma completa desvalorização do ser humano.

Mas para viver uma afetividade cristã temos que entender que é necessário reconhecer o valor que nós e os nossos próximos possuímos, entender nossa dignidade humana de ser imagem e semelhança de Deus, só sabe amar aquele que se ama. Outro ponto importante é conhecer os conceitos cristãos da essência masculina e feminina, não podemos ser caricaturas de homens e mulheres, temos que o sê-los verdadeiramente, no evangelho vemos Pedro que de machão com a espada na mão passou a covarde através da negação a Cristo, mas mostrou sua força e coragem nos momentos de fraqueza preso no cativeiro, soube mostrar a sua força, pois sua força estava em Deus e não no seu conceito masculino, decidiu-se pelo Senhor e sabia o que esta decisão implicaria, já para as mulheres podemos ver o quanto Maria era uma mulher de verdade, a fibra, à vontade e a coragem daquela que se decidiu desafiar o mundo em nome da obra do Senhor, deu a luz ao salvador e foi uma das protagonistas do anúncio do evangelho, não passiva e extremamente submissa como pensamos, mas cumpria seu papel com firmeza, coragem e dedicação.

Percebemos que a convergência entre os dois (gêneros) é a opção que é passível de escolha, para que este estado psicológico que permite ao ser humano demonstrar seus sentimentos e emoções à outra pessoa seja verdadeiramente cristão, é preciso de uma decisão concreta, e para decidirmos temos que ser imersos no Espírito Santo a fim de termos SABEDORIA e CORAGEM para seguir aquilo que acreditamos. Precisamos de SABEDORIA, para ter sempre em mente o que queremos, qual a nossa vocação, o tipo de marido ou esposa que sonhamos para nossa vida. Pois, “para quem não sabe o que quer”, qualquer coisa serve; e CORAGEM, para tomar atitudes diante dos sonhos que o próprio Senhor colocou em nossos corações!

Quero aproveitar para partilhar aqui algo que aprendi no texto de uma amiga a Marieli Rossoni: “Deus faz a parte dEle nos dando inteligência, sabedoria, discernimento, mas nós precisamos fazer a nossa, que é DECIDIR. Temos que ser um povo de decisão em todos os sentidos, inclusive na afetividade. Não vamos nos acomodar com o discurso ‘Senhor, coloca na minha vida a pessoa que escolhestes para mim...’ Precisamos assumir que Deus nos dá a liberdade para escolher, movidos pela unção, com quem queremos construir nossa história.” Posso dizer que Deus nos dá a liberdade e não escolhe por nós, e nem poderia, afinal o amor dEle por nós é puro, não é interesseiro e não nos exige nada em troca. Em outra citação deste diz: “A vontade dEle para nossas vidas é a verdadeira e única felicidade e para sabermos qual seria esta devemos nos perguntar: ‘O que nos faz felizes? ’ Se uma situação não nos faz felizes verdadeiramente, com certeza não faz parte da vontade de Deus! Qual a pessoa que Deus quer para sua vida? Não está pré-determinado desde o dia de seu nascimento, como muitas pessoas pregam por aí, como cristãos não acreditamos em destino. A pessoa que Deus quer para sua vida é aquela com quem você será feliz. Mas quem vai dizer isso para Deus é você, no dia do seu casamento: ‘Senhor, ESTA é a pessoa que eu escolhi para ser feliz comigo o resto da minha vida! Abençoa nossa decisão! ’.” Uma vez ouvi uma frase que ficou gravada no meu coração: “A BENÇÃO DE DEUS VEM COM NOSSA ESCOLHA!” Então, ao invés de pedirmos que Deus coloque no nosso caminho a pessoa que nos escolheu, peçamos a unção dEle para que saibamos tomar decisões maduras, baseadas na nossa fé e em tudo que o Senhor já fez em nossos corações durante a caminhada.

Que tenhamos sempre Sabedoria e Coragem para construirmos novas famílias cristãs, modelos de felicidade verdadeira para esse mundo!

Finalizo com um parágrafo de um texto, não me recordo de quem é, segue abaixo:

“Não há receita para ser feliz no amor. Por isso tantos náufragos morrendo perto da praia. Todavia, há uma simplicidade no amor, que só os que a descobrem chegam lá. O amor é difícil para os indecisos. É assustador para os medrosos. Avassalador para os apaixonados! Mas, os vencedores no amor são os fortes. Os que sabem o que querem e querem o que tem! Sonhar um sonho a dois, e nunca desistir da busca de ser feliz, é para poucos!”

Rafael José Durães dos Santos.