MADRI, segunda-feira, 6 de setembro de 2010 (ZENIT.org) – Viajar até
Madri para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) não é uma
tarefa fácil para a maioria dos jovens. Em muitos países, o custo da
viagem é elevado, e a economia dos jovens não consegue custear os
gastos. Contudo, a ilusão e o entusiasmo os fazem utilizar sua
criatividade para desenvolver atividades que lhes permitam ganhar
algum dinheiro para pagar a viagem.
O Departamento de Comunicação da JMJ mostrou algumas destas
iniciativas desempenhadas por diversos grupos de jovens de todo o
mundo para financiar a participação neste evento juvenil.
Karen, Paulina e Nataly, de 23, 19 e 17 anos, respectivamente, são
três amigas que em menos de um ano viajarão para Madri. Nasceram em
Medellín, Colômbia, onde trabalham e estudam.
"Depois da JMJ de Sidney, vimos um vídeo no qual o Papa anunciava que
a próxima JMj aconteceria em Madri – conta Karen –. Encheu-nos de
emoção e pedimos ao Senhor que nos permitisse estar lá."
"Estamos fazendo diferentes trabalhos, como a venda de bolos, doces,
entre outros". Elas também preparam café da manhã em suas paróquias
ocasionalmente aos domingos.
Outro exemplo é Deissy, da cidade colombiana de Cundinamarca. Ela
relata que junto com seu grupo de amigos promove almoços em encontros
que são organizados todo mês. Juntos eles fazem ainda a "caminhada do
ovo", na qual os jovens visitam casas do bairro para pedir doação de
ovos para que possam vendê-los depois.
Em Pereira, povoado colombiano situado no Eixo Cafeeiro, financiados
por uma empresa, os jovens estão fazendo milhares de pulseiras, "que
vendemos em feiras e centros comerciais", explica Didier Duque,
responsável pelo grupo de jovens da catedral Nossa Senhora da Pobreza.
Já Ieda, de Brasília, Brasil, explica que em sua paróquia "estamos
fazendo de tudo". O que mais tem êxito é "a venda de água mineral em
eventos diversos" ou "lavar os carros das pessoas da paróquia", conta
entusiasmada.
Em Arequipa, Peru, os jovens também realizam atividades visando à
viagem a Madri. Jesús, de 20 anos, e vários de seus amigos
confeccionam chaveiros e separadores para Bíblias, além de livros
enfeitados com imagens religiosas. Contudo, a ideia mais nova que
tiveram é a venda de cabides, algo que vários outros jovens também
começaram a "fabricar" para vender.
Alguns jovens têm Madri presente quase 24 horas por dia. Consultam
mapas e atlas para ver onde será situada a sede da JMJ. Outros o fazem
por meio da internet.
Maria, que mora em El Salvador, conta que vende "roscones de Reyes",
algo "muito típico na Espanha", explica. "Também elaboramos torrijas",
outro doce tradicional espanhol que se consome na Semana Santa.
A maioria destes jovens coincide em afirmar que a viagem começa no
momento em que são desenvolvidas estas tarefas. São só algumas ideias,
mas há muitas outras que lhes abrirão o caminho até Madri. Por isso, a
Jornada Mundial da Juventude, para eles, já começou.
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